História da cidade
por Interlegis
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última modificação
06/08/2021 03h09
Timbaúba dos Batistas cidade cheia de cultura e tradição. Reconhecida pelo seu belíssimo bordado. Mãe de filhos ilustres como Elino Julião. Lembrada pelas festividades como a grande Corrida de Jegues e os marcantes festejos de seu padroeiro São Severino Mártir.
O município de Timbaúba dos Batistas, como os demais da região do Seridó, teve a sua origem ligada a expansão da agropecuária pelo interior do Rio Grande do Norte. Depois de vencida a resistência indígena, começaram a chegar na região, os primeiros grupos de colonizadores, provenientes do litoral pernambucano e paraibano, como também de algumas regiões de Portugal, trazendo consigo alguns escravos para a lida do gado.
Somente nos meados do séc. XVIII é que se instalaram definitivamente as primeiras famílias nas terras que mais tarde viriam a fazer parte do município de Timbaúba dos Batistas.
A comprovação das presenças indígenas neste município é evidente nas várias incisões rupestres localizadas no Sítio Arqueológico da comunidade rural denominada de Sítio Pintado, que atualmente pertence ao Sr. Geraldo Janúncio de Araújo. O Sítio é formado por diversos blocos de pedra contendo gravuras de Tradição das Itaquatiaras, em alguns blocos a camada que reveste a rocha onde estão às gravuras está se erodindo.
No ano de 2005, o Sítio Pintado foi tombado pela Fundação José Augusto, como Patrimônio Histórico do Estado do Rio Grande do Norte.
O topônimo da cidade se originou de uma árvore da região denominada timbó-iwa (árvore de espuma) , que foi aportuguesada e concedida a denominação a uma fazenda da região. Já o segundo nome, foi decorrente da família BATISTA, que se instalou e criaram raízes no município, dando origem a Fazenda Timbaúba, que, em meados do séc. XIX, pertencia ao Major José Batista dos Santos, impulsionador do desenvolvimento da localidade.
Revestindo-se de especificidades em meio à predominância de fazendas de gado, a Fazenda Timbaúba, destacou-se pelas plantações de cana-de-açúcar que lhe renderam a condição de produtora de aguardente e rapadura. Aportada na economia canavieira, a localidade foi classificada por Anfilóquio Câmara, em 1942, como um dos pontos ricos do Seridó.
A passagem de fazenda a povoação teve como aspecto fundamental a construção da capela de São Severino Mártir, no ano de 1929, decorrente de uma promessa feita por Izabel Izaura de Brito, moradora do lugar. Nos arredores da capela, foram construindo casas de alvenaria que conformaram a aglomeração.
Em sua evolução política, em 1958, transitou de povoação (não oficialmente reconhecida) para Distrito Judiciário de Caicó. O desenvolvimento econômico e a influência de personagens políticos como Manoel Torres de Araújo, uma das mais expressivas lideranças regionais da segunda metade do séc. XX até os dias atuais, e Milton Aranha Marinho, médico que foi prefeito de Caicó (1958-1961) e deputado estadual, entre outros, foram decisivos para que o então distrito fosse reconhecido município. A oficialização desse fato deu-se através da Lei nº 2.774 em 10 de maio de 1962.
Quanto aos aspectos geográficos, o município de Timbaúba dos Batistas, está localizado na micro-região do Seridó Ocidental, inserida na Messoregião Central Potiguar, no Estado do Rio Grande do Norte, em pleno semi-árido nordestino, no Seridó Potiguar, região caracterizada pela escassez e instabilidade das chuvas, altas temperaturas, baixa umidade e uma paisagem marcada pela vegetação de caatinga.
Situa-se a uma distância de 305 km da capital do Estado, Natal. Limita-se ao Norte com São Fernando, ao Sul com Serra Negra do Norte, ao Leste com Caicó e ao oeste com Jardim de Piranhas. Com uma extensão territorial de 135,41 km², Timbaúba dos Batistas é um dos menores municípios do Estado.
No que concerne à população de Timbaúba dos Batistas em registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano de 2010, contava com uma população de 2.295 (dois mil, duzentos e noventa e cinco) habitantes.
No tocante à economia, a cidade de Timbaúba dos Batistas contou, em seus primórdios com a pecuária e a agricultura de subsistência. Com o decorrer dos tempos, destaca-se o funcionalismo público e o bordado como sendo uma importante fonte econômica responsável pela renda de muitas famílias timbaubenses, embora, em alguns casos, o bordado seja apenas complementar.
Quanto às manifestações culturais e eventos, destacam-se a Festa da Emancipação Política realizada no dia 10 de maio; a Corrida de Jegues no dia 07 de setembro e a Festa do Padroeiro São Severino Mártir, na segunda quinzena de dezembro.
A Festa da Emancipação Política do município originou-se em 1997, organizada pela Prefeitura Municipal sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação, com o envolvimento das demais secretarias municipais, objetivando comemorar o aniversário da cidade, como também envolver a comunidade em atividades culturais, cívicas, religiosas e de lazer.
A Festa da Corrida de Jegues teve origem no ano de 1986, foi idealizada pelo Sr. Ary Maia, secretário da EMATER naquela época quando prestou serviços neste município. Em 07 de setembro de 1986, realizou-se a primeira corrida de jegues com o propósito de alertar quanto à extinção do referido animal. A festa reúne corredores de todo o Nordeste, tornou-se tradição e é considerada uma das maiores da região. Está inserido no calendário turístico do Rio Grande do Norte. Esse evento é promovido pela Prefeitura Municipal.
A Festa do Padroeiro São Severino Mártir originou-se com a fundação do templo, por Izabel Izaura de Brito, mulher timbaubense de fé inabalável, que após receber uma graça através da intercessão desse Santo, deu início a construção da igreja. Para comemorar a chegada da imagem do santo, que se tornou padroeiro da cidade, organizou-se uma festa, que se tornou tradição.
Fonte: http://timbaubadosbatistas.rn.gov.br/a_cidade/historia